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Sex Pistols

Biografia

Precursores de um estilo que havia de mudar a história da cultura rock e pop, os Sex Pistols, apesar do seu efémero tempo de existência, transformaram de forma radical a forma de estar na música.
Formados oficialmente em 1975 por Paul Cook (bateria) e Steve Jones (guitarra), os Pistols são hoje considerados os verdadeiros símbolos do punk. Cook e Jones, frequentadores habituais da loja de Malcolm McLaren, acabaram por reunir-se a Glen Matlock (baixo), que lá trabalhava. John Lydon, que mais tarde adoptou o nome Johnny Rotten, juntou-se à banda depois de um pedido expresso dos restantes elementos, que ficaram satisfeitos com o teste de voz a cantar por cima de "Eighteen" de Alice Cooper.
Após a realização dos primeiros espectáculos, os Pistols lançam "Anarchy In the UK", o primeiro single, com o selo da EMI, em Novembro de 1976. No início de 1977, e depois de várias polémicas, a EMI rescinde o contrato com a banda. Semanas depois, Sid Vicious substituiu Glen Matlock no baixo, ainda antes da edição de um novo single, "God Save the Queen". "Never Mind the Bollocks", o primeiro e único álbum de originais dos Pistols, chegou às lojas em Outubro de 1977.
Os conflitos dentro da banda eram, por esta altura, algo constante e recorrente.Sid Vicious mantinha hábitos cada vez mais profundos de consumo de drogas, ao mesmo tempo que as divergências entre o baixista e Rotten com Jones e Cook subiam de tom. No final de 1977 os Pistols partem em tournée para os Estados Unidos. Depois de alguns concertos, a 15 de Janeiro de 1978, John Lydon abandonou oficialmente o colectivo. Cerca de um ano depois, em Fevereiro de 1979, Sid Vicious morreu vítima de overdose, em Nova Iorque.
Em 1996, perto de duas décadas depois do seu fim oficial, os Sex Pistols voltaram a juntar-se, uma vez mais com Glen Matlock no baixo, para a "Filthy Lucre Tour", uma digressão cujos objectivos primeiros estavam explícitos na sua denominação. Sete anos depois, no Verão de 2003, os Pistols voltaram a realizar novos concertos, desta vez somente nos Estados Unidos.

Satyricon

Dark Medieval Times (review)

A banda Satyricon com apenas dois demos lançados (“Satyricon” em 1992 e “The Forest is My Throne em 1993) já tinham adquirido um estatuto bem sólido no underground de black metal Norueguês e arredores apesar de nem sequer ser uma banda que se auto-promove muito, o que lhes dá uma maior imagem visto que fazem o que acreditam e não o que os outros dizem. Satyr e a banda começam a trabalhar no projecto e entre ideias surge um trabalho centrado na arte e mística medievais, esse álbum é o primeiro “full length” da banda, Dark Medieval Times. Antes do lançamento não se sabia exactamente do que se esperar, mas de certo que seria um bom álbum.
E como esperado grande álbum que este é, sons bem melódicos e viajados misturam-se com violentos riffs, com vozes próprias do black metal e com a adição também de o uso bem conseguido da guitarra acústica (aptidões e característica importante que podemos ouvir na música somente instrumental e acústica “Min Hyllest Til Vinterland”). Uma grande característica deste álbum é o ambiente que se forma em volta de toda a melodia que Satyr nos proporciona, com suaves sons instrumentais este álbum é capaz de nos transportar ao mundo que descreve, a era medieval, porque para além dos sons e instrumentos que caracterizam a época podemos também sentir grande negrume, raiva e ira apesar dos “barulhos” melódicos, coisa que caracteriza também esta época de repressão.
O álbum começa com um grande instrumental da música “Walk The Path Of Sorrow”; semelhante a sons que podemos ouvir em templos demoníacos e sagrados, com vozes femininas que parecem famintas por sacrifício, e isto junto com esquizofrénicos sons de violino e percussão, de repente a música estoira numa melodia completamente abrasiva com grande raiva e melancolia como já descrevi anteriormente e de repente surge uma parte acústica transmitindo uma calma serena, e paz de espírito elevada; mas somente temporária pois passado algum tempo os riffs de guitarra e bateria juntos com o som de órgão estoiram. As músicas do álbum são nesta linha, com a grande vantagem de que à medida que avançamos no álbum cada vez nos soa melhor a arte feita por Satyricon. Existe até uma parte na música “Dark Medieval Times” em que ouvimos uma flauta misturada com guitarra acústica que quase que parece que algum tipo de flautista alado nos está a conduzir por uma floresta, remetendo-nos para sítios descritos em grandes utópicas fábulas. Quase que podemos ouvir todo o álbum como se fosse uma única música que vai fluindo de minuto a minuto, de sinfonia para sinfonia.
Difícil é nomear destaques neste álbum, pois como já disse anteriormente é como se fosse somente uma música, mas mesmo assim os maiores petardos na minha opinião são “Walking The Path of Sorrow”, “Dark Medieval Times” e “Taakeslottet”.
Algumas letras em norueguês e algumas letras em inglês descrevem grandes ambientes noctívagos e sombrios, apesar de grande número de bandas escrever sobre tal temas Satyricon distingue-se pela poesia que Satyr transmite.
Que melhor imagem podia descrever a época medieval senão uma que mostra cavaleiros e castelos? Pois essa é a capa do álbum, em preto e branco e, apesar do cliché que já se tornou este tipo de arte, a capa conjuga-se na perfeição com a mística envolvente, bem conseguida a capa.

Escrito por: Abyss

1349

Biografia

Estávamos no ano de 1994, e uma banda surge com o nome de Hofdingi Myrkra na qual faziam parte dois membros que iriam formar futuramente os 1349; esses membros eram Ravn, que assumia a bateria e vocais; e Seidemann que tocava Baixo e Guitarra. Ravn tocava também na banda Alvheim com Balfori e Tjalve. Em 1997 dando-se o fim de “Alvheim” forma-se a banda 1349 com Ravn nos vocais e bateria; Balfori e Tjalve na guitarra e Seidemann no Baixo.
Já no ano de 1998 a banda tinha gravado algumas músicas, mas nunca tinha lançado nenhum demo, e por convergências musicais Balfori decide sair dos 1349, deixando um lugar vazio na banda. Verão do ano de 1999, e a banda finalmente após gravações em estúdio lança o seu primeiro promo “Chaos Preferred” com Tjalve a assumir as duas guitarras, este álbum tem uma sonoridade bem rápida e obscura lembrando o old school, mas não recebe a fama nem impacto que merece visto que não têm nenhuma gravadora a apoiar.
Os 1349 necessitavam de um guitarrista e ainda no mesmo ano procuram até que encontram Archaon em Setembro do mesmo ano, que trás grande técnica e velocidade à banda, devido às suas grandes aptidões. A banda começa também a escrever novas músicas, e convida Frost para tocar a bateria que fica impressionado com os esboços do futuro projecto e aceita no ano de 2001 a proposta; deste modo Ravn fica mais liberto dedicando-se assim somente aos vocais e a parte da bateria adquire também um ritmo muito mais rápido e destruidor. Com todas estas evoluções na banda os 1349 ficam com uma sonoridade mais matura, extrema, pesada e rápida.
A “Holycaust Records” oferece um contrato à banda e os 1349 vêm o seu primeiro demo “Chaos Preferred” lançado e ficam deste modo com possibilidades de gravar o seu projecto, que é lançado sobre o formato de EP com o nome “1349”. Apesar do facto de que o álbum não atingiu grandes níveis de reconhecimento a banda ainda assim toca como banda de suporte em concertos dos “Gorgoroth” e mais tarde “Cadaver Inc.”; tocando também no festival “Hole in the Sky” em Bergen.
No final do ano de 2002 a banda começa a gravar o seu ambicioso projecto e já em 2003 é lançado o grande “Liberation” com a gravadora “Candlelight Records”. Este é ainda o primeiro álbum completo da banda e já apresenta grande impacto em todo o público, o álbum apresenta uma sonoridade muito rápida e old school, um som bem inteligente que provocou grandes ecos no underground black metal, foi uma “liberação” bem estrondosa. No momento os 1349 é uma das únicas bandas a seguir o caminho “correcto” e bem conseguido do mundo underground black metal.  
  

escrito por: Abyss

Moonspell

Biografia

A Banda de Fernando Ribeiro Forma-se a meio do ano de 1989 sobre o nome de “Morbid God” em Lisboa com Ares no baixo e mais dois membros não definidos. A ideia era a de fazer uma sonorização black metal com letras poéticas e macabras o que daria no futuro uma imagem de banda mais “inteligente”, “poética” e “reflectida”.
No começo a banda nunca extraía nada de concreto dos ensaios, mas entre vários ensaios surge uma música chamada “The Fever”, a primeira música a que os Moonspell deram um nome concreto. Já tinha passado um ano e a banda não ia lá muito bem, expulsaram o guitarrista e é ai que entra “Mantus”. Pelos vistos foi uma atitude sensata pois passados uns tempos trabalhosos a banda finalmente lançou o seu primeiro Demo em 1992; esse era “Serpent Angel” que continha somente uma música com o mesmo nome, neste demo conseguimos já extrair o som bem pesado e muito bem trabalhado que a banda fazia. Este Demo teve um grande impacto no underground português, e apesar de todas as ofertas feitas aos Moonspell eles decidiram-se por esperar e fazer mais um demo para ter algo mais concreto. Ainda em 1992 ocorreram várias mudanças na banda, entre elas a entrada de um novo guitarrista, Mike; a expulsão do baterista e a troca de nome para “Moonspell”. Agora a banda esforça-se ainda mais para gravar um demo e eis que “Anno Satanae” surge em 1993 depois do single “Goat on Fire”; o impacto foi tão explosivo que o demo é considerado agora um clássico da cena underground. Finalmente a banda tinha ofertas vindas de fora do país, nomeadamente uma oferta vinda de França que ofereceu a hipótese de gravar um mini-cd, a banda aceita e grava o EP “Under the Moonspell” em 1994, já com a presença de um teclista (Pedro Paixão). Agora a banda apresenta um som mais gutural, com influências árabes e portuguesas. O forte impacto do EP no público fez com que a “Century Media” se interessasse na banda oferecendo-lhe um contrato que a banda não recusou. Agora a banda começa a tocar ao vivo a sério, e desloca-se para a Alemanha para gravar o seu próximo álbum com Waldemar Sorytchta. O álbum em questão é lançado em 1995 e tem o nome de “Wolfheart”; este álbum passa todas as expectativas, é aqui que a banda muda drasticamente de som. A banda lança-se para a tournée de Morbid Angel em 1995 com um novo guitarrista (Ricardo), tocando pela primeira vez em sítios como Espanha, Alemanha e França, dando a conhecer os clássicos do Wolfheart que fez com que o álbum vendesse 50,000 cópias e tivesse também um lançamento em formato digipack. Finalmente a banda tinha uma vasta horda de fãs por toda a Europa.
A banda volta para Alemanha para gravar o seu segundo álbum, “Irreligious”; lançado em 1996 apresenta agora uma sonoridade muito mais gótica do que o Wolfheart. A banda lança o seu primeiro clipe, “Opium” e tem um grande impacto ao vivo. Agora é que se notava realmente o impacto da banda no estrangeiro, tendo o seu novo álbum no top 50 da Alemanha durante 8 semanas, entrando também mais tarde nos tops de Itália, Áustria entre outros países. O álbum vendeu também 10,000 cópias em Portugal e a banda foi votada pelo VIVA como banda revelação de 1996. Passados uns tempos de paragem, de pequenos confrontos e de uma troca de baixista (Sérgio C.) a banda grava o seu segundo EP, “Second Skin” em 1997 e grava também o segundo clipe da música “Second Skin”; grava o terceiro álbum, “Sin Pecado”, lançado em 1998 com uma sonoridade um pouco mais diferente. Passado mais um ano de concertos (entre eles muitos festivais e a primeira tournée americana) e trabalho a banda remete-se para um período de descanso, e lança mais um álbum, o que demonstra a alta rotatividade e grande apreciação pela parte do público.com um novo produtor (Andy Relly) e com uma nova temática, baseada na teoria de caos e fraco equilibro do “Efeito Borboleta”, Butterfly FX é lançado em 1998 juntamente com o clipe da música com o mesmo nome. Com o lançamento do álbum a banda faz a sua primeira tournée no norte da América, abrindo para a banda In Flames e tendo também uma grande recepção por parte do público. Pela primeira vez os Moonspell não lançam um trabalho no ano seguinte do lançamento do trabalho anterior, mas passado 2 anos do lançamento de Butterfly FX sai para as lojas o Darkness and Hope em 2001 juntamente com o clipe da música “Nocturna”; produzido por Hiili Hilesmaa na Finlândia; agora a banda apresenta uma imagem muito mais obscura, também nos é oferecido um digipack com um poster e duas músicas bónus: uma cover de “Senhores da Guerra” de Madre deus e outra cover de “Mr. Crowley” de Ozzy Ousborne. Mais 2 anos de trabalho e concertos e eis que nos surge um novo trabalho acompanhado com um livro de José Luís Peixoto, esse é “The Antidote” lançado em Outubro de 2003 agora com um novo baixista (João Pedro, que gravou o álbum), com uma ideia muito mais inteligente, um trabalho novo e diferente. É também lançado um novo clipe da banda da música “Antidote”. João Pedro sai dos Moonspell e entra por um curto espaço de tempo Niclas Etelävuori dos Amorphis; este por falta de disponibilidade sai também sendo trocado por Jaco Pastorius da orquestra metropolitana.
Moonspell será sempre uma banda bem vista pelo público, sendo neste momento a banda de metal mais internacionalizada de Portugal e uma das melhores bandas de Gótico de todo o mundo; uma das poucas que teve hipótese de ter importância fora de Portugal.

escrito por: Abyss

Venom

Welcome to Hell(review)

Dita a história que Venom foi a primeira banda “black metal” no movimento, visto que inseriu a temática de destruição e “Satã” em grande escala nas letras das músicas; isto combinado com um pulsante speed metal e uma imagem bem negra forma uma banda quase letal aos ouvidos e olhos da época. Baseado em bandas como Motorhead e Black Sabbath e um som com pequenas influências de punk rock, Venom mudou tudo com o seu primeiro álbum, “Welcome to Hell”; podemos afirmar que este álbum influenciou muitas bandas de black metal, thrash e death metal entre outros estilos de metal que hoje em dia vemos, por isso não podemos negar o valor histórico desta banda.
Este álbum foi gravado em 3 dias, e devido a isso “Welcome to Hell” ganhou uma sonoridade bem underground, quase que se sente a banda a tocar em frente de nós quando metemos este álbum a tocar, um som rápido com efervescentes riffs tanto de guitarra como de bateria, puro speed metal podemos então dizer, mas com a grande diferença das letras que agora são muito mais negras. A capa deste álbum é directa e sem grandes artes; simplesmente vemos um bode dentro das linhas de um pentagrama invertido com “Welcome to Hell” escrito por baixo, quase que parece que alguém está mesmo a convidar-nos para entrar no inferno que este álbum é.
Rápidas e bem obscuras são o som que retrata as músicas deste álbum. A voz raivosa de Cronos conjuga-se na perfeição com os rápidos e bem elaborados riffs concebidos por Mantas e Abaddon. O Álbum começa logo com uma música tão rápida que nem nos apercebemos do que se está a passar, bateria e guitarra totalmente destruidoras. É tão rápida a música que mal nos apercebemos e já começou um bem conseguido solo de guitarra; esta música continua assim num frenesim até ao fim.
Em geral todas as músicas são nesta linhagem, tirando uma ou outra que possam ser um bocado mais lento, sempre com refrões bem simples que entram facilmente no ouvido, utilizando com grande frequência palavras como “satan”e “hell” o que os torna ainda mais simples; este som retro combinado com a técnica implícita nos solos de guitarra torna o álbum tremendamente mágico e um clássico do old school metal. Até podemos ouvir uma música somente acústica que nos remete para uma sonorização bem mórbida, apesar do som calmo que a guitarra acústica tem. Mas sem dúvida a música mais pulsante é exactamente a última que começa com um violino e com uns vocais limpos, até ao momento em que tudo isto pára e Cronos começa a berrar ao mesmo tempo que a bateria estoira; o solo desta música é deveras aberrante, o mais pesado solo do álbum.
Destaque para a música “One Thousand Days in Sodom”, que na minha opinião tem o melhor solo de guitarra deste álbum como o melhor refrão também, com a sua simplicidade característica é bem pesado e transmite um sentimento bem “doom”.
Este é daqueles álbuns indispensáveis com montes de clássicos como “One Thousand Days in Sodom”, “Witching Hour”, “Live Like na Angel (Die Like a Devil) ”, apesar de estas serem as músicas que mais se destacam todo o álbum flúi com grande naturalidade e técnica, todas as músicas no geral são boas e cativantes.
Podemos então concluir que este álbum está bem elevado em termos de músicas com a agressividade característica, só a qualidade de gravação é que deixa um pouco a desejar, mas se formos a ver por outro lado esta característica deixa o álbum num patamar muito mais underground, o que o torna tão místico.


Escrito por: Abyss

Satyricon

Início da década de 90, aqui começam bandas do underground black metal Norueguês a formarem-se, e Satyricon não é excepção. Satyr ainda era um adolescente quando formou a banda. O line up inicial era formado por Satyr, vocalista, Teclista e guitarrista; Lemarchand na guitarra; o baixista Wargod e Exhurtum na bateria.
Em 1991 a banda muda o nome para Satyricon e gravam várias cassetes para treino, mas o primeiro demo, “Satyricon” só é lançado no Verão de 1992. Este demo consegue uma boa vendagem em termos de underground, e desde o início nota-se que o público gosta desta banda. Depois de algumas composições novas e de alguns problemas que levam à saída de Exhurtum que é substituído por Frost a banda lança o seu segundo demo intitulado de “The Forest is My Throne” no Inverno de 2003, conseguindo uma vendagem ainda maior que o demo anterior, enquanto “Satyricon” vendera 1000 cópias, este já conseguiu atingir as 1500. Após o lançamento deste demo Wargod sai também da banda. Tudo de positivo se podia esperar para Satyricon, tendo já conseguido adquirir uma marca e química próprias, a gravadora “No Fashion Records” já à algum tempo que andava de olho nos Satyricon e finalmente decidiu-se em contratá-los. Criações que supostamente não tinham tantas expectativas são agora pensadas para serem atribuídas a um álbum, ao primeiro álbum. Satyr revelava grande interesse pela época medieval e toda a mística envolvente, começando assim a escrever letras sobre o tema, algumas em inglês e algumas em norueguês. Com cada vez mais paixão e empenho a banda começa a gravar o seu primeiro álbum, começaram a gravar mas a meio a gravadora começa a ficar sem fundos monetários, tendo que parar temporariamente as gravações. A gravadora pede a Satyr e Frost para esperarem até ser possível o pagamento, mas com o empenhamento que eles adquiriram juntaram o dinheiro pessoal e então continuaram as gravações. A banda dirige-se a Bergen para Mixar o trabalho e finalmente o trabalho estava completo. Prontamente começam a enviar cassetes para várias companhias, mas nenhuma delas lhes interessava realmente, sem ser uma que não queria alterar a data de lançamento, o que demoraria 8 meses de longa espera. A banda desiste dessa proposta e encontra-se com a Tatra Productions, que se interessa muito pelo trabalho e compra o trabalho. Mas este tipo de música distanciava-se um pouco do estilo que a Tatra Productions adquirira, portanto começam ideias para formar uma editora pessoal dos Satyricon. Mas entretanto o álbum é lançado ainda no ano de 1993 e recebe uma forte apreciação por parte do público, entra também um novo guitarrista e baixista, Samoth.
Agora Satyricon tinha atingido um patamar ainda mais elevado, e a pressão por parte do público só os levava para um lado, o lançamento de outro álbum. Como sinónimo de progresso a banda lança o álbum “The ShadowThrone”, gravado no estúdio de Steinar Johnsen, foi lançado em 1994. É também lançado a versão cd/vinil do demo “The Forest is My Throne” juntamente com o “Yggdrasil” dos Enslaved; nesta altura Satyr assume o Baixo e Kvelduv substitui Samoth na guitarra. Depois de mais um longo período de trabalho árduo e extenso a banda lança mais um dos seus álbuns; “Nemesis Divina” em 1996 o qual teve a participação do teclista Bratland dos Apotyma Berzerk. Este álbum tem boas músicas, como todos os álbuns anteriores, com as diferenças de que agora era um black metal mais agressivo e com qualidade de gravação muito mais superior. Por estes tempos Kvelduv temporariamente guitarrista sai dos Satyricon.
No ano de 1997 a banda lança o EP “Meggido”. A banda lança-se em tournée com o apoio do guitarrista Svartalv e do teclista Bratland, mas Svartalv rapidamente sai da banda e Daniel Olaisen substituiu. A banda contrata um baixista sueco (Daemon) mas como era hábito Daemon sai da banda. Frost e Satyr apercebem-se que a banda tem que ser concentrada somente neles dois visto as constantes saídas de músicos. Mais um EP é lançado com a ajuda de vários músicos, este chama-se Intermezzo II lançado em 1999.
Satyr e Frost lançam-se outra vez em tournée com a ajuda do guitarrista Sanrabb; o guitarrista Daniel Olaisen, o baixista Tchort e o teclista Kine Hult com o objectivo de Satyr se concentrar nos vocais. Vários anos se passaram e nenhum álbum tinha sido lançado. Finalmente Chega a invasão “Rebel Extrevaganza” no ano de 1999; mais uma vez este álbum tem a participação de vários músicos como Anders Odden (guitarra solo), S.W. Krupp (guitarra rítmica), Daniel Olaisen (guitarra), Björn Boge (baixo), Lasse Hafreager (órgão) e Fenriz (percussão). No ano de 2000 Satyricon lança-se novamente em tournée novamente com a ajuda de vários músicos. Ano de 2001 a banda começa a gravar mais um álbum; com Satyr na guitarra, no baixo e no órgão, Erik Ljunggren também no órgão, Synnrve Solbakken e a vocalista secundária Anja Garbarek. O álbum foi lançado em 2002 enquanto a banda fazia a tournée, entrando para o top da Noruega. Nesse mesmo ano é lançado a compilação “Tem Horns – Tem diadems” comemorando o aniversário de 10 anos de existência e é também feito o clipe “Fuel for Hatred” produzido por Jonas Akerlund. Neste mesmo ano vários concertos são feitos para promover o álbum.
No ano de 2003 é lançado a versão em vinil do bem concebido álbum “Volcano” com duas músicas bónus gravadas durante a gravação do álbum. A banda foi nomeada com o prémio de melhor banda underground pelo “Metal Hammer Awards”.
Satyricon Conseguiu-se elevar e adquirir entidade própria, essa característica é a mais distinta junta com a arte implícita na banda.

escrito por: Abyss

Mirrorthrone

Album: Of Wind and Weeping

Já que falei de Vladimir Cochet, está na hora d falar de um dos seus projectos, na minha opinião o melhor: Mirrorthrone.

Of Wind and Weeping é o primeiro álbum completo da banda Mirrorthrone que é
precedido por um demo de 2001 e um promo concebido no ano de 2002 com o mesmonome que teve como intuito o reconhecimento para com as discográficas; foram enviados 100 CD-R com este mesmo fim sendo a única diferença (em termos de
número de músicas) a ausência das músicas “Racines Dènudèes” e da música
“Aborted” (no caso do promo de 2002). Já no demo de 2001 foram gravadas somente
50 cópias para enviar a revistas; neste demo fazia-se sentir a falta das 4
primeiras músicas do álbum de 2003: “Racines Dènudèes”, “Florilège Lunatique
Occultement Révélateur et Néantisation Caduque Engendrée”, “The Four Names of
the Living Threatening Stone”e “Aborted”.
Lançado no ano de 2003 o álbum na sua derradeira forma “Of Wind and Weeping” temcomo protagonista Vladimir Cochet que assume todos os instrumentos e vocais (com excepção dos femininos); Vladimir é o autor de todas as composições tanto
líricas como sonoras dos Mirrorthrone visto ser o único membro da banda, apesar
de ter a ajuda dos vocais femininos de Marthe.
Ao ouvirmos este álbum somos imersos num trabalho épico, com melodias insanas e
macabras, envoltas em grande melodia e também riffs esquizofrénicos. Os riffs em
si parecem ser libertos de qualquer tipo de noção de seguimento lógico,
enfatizando assim o som de cada um dos instrumentos como sendo um elemento
fulcral nas músicas. A bateria principalmente é dotada de uma velocidade
alucinante encontrando-se bem distinta de tudo o resto, o que dá grande ênfase
aos riffs efectuados por esta. O som vindo do órgão tem também estas mesmas
características: um som bem livre de regras que nos trás uma sonoridade clássica
e teatral, característica esta bem importante pois ao ouvirmos o álbum parece
que assistimos à banda sonora de uma peça de teatro trágica cujos protagonistas
são Vladimir Cochet e nalguns actos entrando também Marthe, é de enfatizar o
facto de que quando Marthe canta nas músicas parece existir um diálogo com
Vladimir, o que nos leva então para a característica teatral do “Of Wind and Weeping”. A Voz na sua grande maioria é limpa apesar de assumir uma “anormalidade” e melancolia bem grande; ouvem-se também vocais maiscortantes que imergem rapidamente seguidos muitas vezes das vozes melancólicas que se fazem sentir. Como já descrevi a sonoridade é bem diferente do habitual caracterizada por riffs muito inconstantes e libertos o que confere grande arte
às musicas dos Mirrorthrone. Este é um metal que eu delineio como sendo obscuro,
atmosférico e até experimental.
Os destaques encontram-se em músicas como na “The Notion of Perfect”: música
calma e frenética ao mesmo tempo, com características acústicas, serve bem para
relaxar. Destaque para o uso dos vocais de Marthe que entram em perfeita
ressonância com a melodia do órgão e dos riffs de todos os instrumentos, elevado
é também o solo de guitarra; “Moi Mort…”: onde se encontra em grande escala a
teatralidade deste álbum que é sem qualquer tipo de dúvidas uma característica
bem conseguida e inovadora; “Of Wind and Weeping: o único instrumental do álbum,
a meu ver o instrumental é sempre algo que enriquece um álbum; Racines Dènudèes:
uma boa música para iniciar o álbum, apesar de longa não é uma música saturante
já que é possível observar-se sempre grande arte e fluidez. Mas em geral todas
as músicas são boas não entrando em monotonia.
As letras não falam somente de assuntos como a morte ou melancolia abordando
também questões filosóficas através também de descrições de natureza horrenda e
de ambientes vastos e imersos em tristeza. Algumas são escritas em inglês,
outras em francês suíço.
Podemos então concluir que este é um daqueles trabalhos que nunca devem ser
deixados ao esquecimento.


Escrito por: Abyss

Taake

Album: Nattestid Ser Porten Vid

Nattestid Ser Porten Vid gravado em Grieghallen durante os anos de 1997/1998 sai
para o público pela “Wounded Love Records” a Janeiro de 1999 que esperava o
álbum com grande ansiedade e esperanças de ouvir um trabalho que se destacasse
nos anos conturbados em termos musicais dos finais de 90. As expectativas foram
totalmente concretizadas com Nattestid, um álbum baseado num black metal mais
baseado em técnica do que melodia, onde a guitarra encontra um lugar bem
importante. Host toma partido da guitarra e vocais; vocais esses cortantes, bem
definidos e cativantes, havendo também um vocal gutural na primeira música que
encaixa na perfeição com o ritmo e uns vocais femininos na última música. O som
em geral apesar de assumir um estilo mais retro com o line up clássico de
guitarra/bateria/baixo tem grande melodia devido aos riffs proporcionados pela
guitarra de Host, podemos observar características de metal dos 80’s que
apresenta-se mais técnico do que propriamente “barulhento
” (tanto eléctrica como acústica, factor que proporciona características mais
clássicas), e apesar de não observarmos nenhum solo em especial que se destaque
é sempre cativante ouvir os sons de guitarra fluente bem elaborados ao longo de
todos os 42 minutos combinados com a voz ríspida e a bateria sonante (destaque
para a boa utilização dos pratos) bem elaborada com grande elevação de técnica.
Encontramos também um instrumental lá pelo meio onde nos é demonstrada toda esta
técnica da guitarra, bateria e até do baixo quase como compactada numa só
música.
Então vemos aqui um trabalho bem concreto, sons com grande fluidez na concepção.
Um trabalho obscuro com letras escritas em norueguês, o álbum em si em termos de
arte tem somente uma imagem escura de Host na capa que se traduz em grande
solidão; as letras escritas com gravuras antigas proporcionam ainda mais mística
na obscuridade do álbum. O álbum encontra-se também desprovido de nomes de
músicas o que apesar de tornar o trabalho mais confuso remete-nos para uma
viajem no meio de um escuro que nos trás (pelo menos a mim) um grande conforto.
Este é daqueles álbuns em que quase que sentimos os ventos tempestuosos vindos
da “sagrada” e de “altiva escuridão” que são os ambientes descritos tanto como
sonoramente e visualmente, realmente é-nos transmitido um grande “Nordic
Feeling” neste álbum.
Aconselho o uso e o abuso deste álbum, não o deixem na indiferença porque
realmente vale mesmo a pena dar pelo menos uma “olhada” neste trabalho.

escrito por: Abyss

Vladimir Cochet

É com muito gosto que apresento o suiço, Vladimir Cochet , estudante d filosofia, um "agarrado" ao computador, dono d um belo cabelo e olhos azuis, não s sente propriamente muito bem com ele mesmo e que prefere muitas vezes estar sozinho. Grande amante da música, computadores e webdesign. Como grande músico que o considero, Vladimir toca todos os instrumentos usados na sua música, mesmo com CINCO projectos activos:Mirrorthrone, Unholy Matrimony, Weeping Birth, Accurst Journey e Deafening Loneliness. Os cinco com estilos e temas de liricos diferentes, o que torna tudo mais interessante.
O seu primeiro projecto surgiu em 1999, Unholy Matrimony baseando-se no estilo Brutal/Black Metal.
Em 2000, Vladimir cria Mirrorthrone e Weeping Birth, muito diferentes mas igualmente bons. Mirrorthrone, um estilo Dark Metal Atmosférico e Experimental, falando de Sadness, Darkness, Death, algo que ao principio achei diferente do que estava habituada a ouvir . Foi com este projecto que conheci a sua música, acabando por gostar bastante do seu trabalho, que tem mais um elemento que participa como voz feminina, Marthe.
Weeping Birth, do estilo Brutal black/death com temas d Satan, Anti-Christian, Death, Vampires. Com a qualidade boa e muito diferente d Mirrorthrone.
Mas falta falar de mais dois projectos: Deafening Loneliness (dark electro ambient) e Accurst Journey um doom experimental mas, como ele proprio diz, n consegue manter sempre o mesmo estilo e por vezes o que tas a ouvir pode n ser aquele doom que possas esperado ouvir sempre.

Como já referi anteriormente, considero Vladimir Cochet um excelente músico,muito criativo. Tendo em vista que ele proprio faz a sua musica e com estilos tão diferentes.

Espero ter referido tudo, alguma critica a fazer, é favor contactar! Como diz o meu amigo, Bons sons!

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