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Album: Nattestid Ser Porten Vid

Nattestid Ser Porten Vid gravado em Grieghallen durante os anos de 1997/1998 sai
para o público pela “Wounded Love Records” a Janeiro de 1999 que esperava o
álbum com grande ansiedade e esperanças de ouvir um trabalho que se destacasse
nos anos conturbados em termos musicais dos finais de 90. As expectativas foram
totalmente concretizadas com Nattestid, um álbum baseado num black metal mais
baseado em técnica do que melodia, onde a guitarra encontra um lugar bem
importante. Host toma partido da guitarra e vocais; vocais esses cortantes, bem
definidos e cativantes, havendo também um vocal gutural na primeira música que
encaixa na perfeição com o ritmo e uns vocais femininos na última música. O som
em geral apesar de assumir um estilo mais retro com o line up clássico de
guitarra/bateria/baixo tem grande melodia devido aos riffs proporcionados pela
guitarra de Host, podemos observar características de metal dos 80’s que
apresenta-se mais técnico do que propriamente “barulhento
” (tanto eléctrica como acústica, factor que proporciona características mais
clássicas), e apesar de não observarmos nenhum solo em especial que se destaque
é sempre cativante ouvir os sons de guitarra fluente bem elaborados ao longo de
todos os 42 minutos combinados com a voz ríspida e a bateria sonante (destaque
para a boa utilização dos pratos) bem elaborada com grande elevação de técnica.
Encontramos também um instrumental lá pelo meio onde nos é demonstrada toda esta
técnica da guitarra, bateria e até do baixo quase como compactada numa só
música.
Então vemos aqui um trabalho bem concreto, sons com grande fluidez na concepção.
Um trabalho obscuro com letras escritas em norueguês, o álbum em si em termos de
arte tem somente uma imagem escura de Host na capa que se traduz em grande
solidão; as letras escritas com gravuras antigas proporcionam ainda mais mística
na obscuridade do álbum. O álbum encontra-se também desprovido de nomes de
músicas o que apesar de tornar o trabalho mais confuso remete-nos para uma
viajem no meio de um escuro que nos trás (pelo menos a mim) um grande conforto.
Este é daqueles álbuns em que quase que sentimos os ventos tempestuosos vindos
da “sagrada” e de “altiva escuridão” que são os ambientes descritos tanto como
sonoramente e visualmente, realmente é-nos transmitido um grande “Nordic
Feeling” neste álbum.
Aconselho o uso e o abuso deste álbum, não o deixem na indiferença porque
realmente vale mesmo a pena dar pelo menos uma “olhada” neste trabalho.

escrito por: Abyss

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