O seu som há primeira vista não nos oferece nada de tremendamente original, um stoner metal que bebe bastante da mistura de guitarras distorcidas com o feeling quente, poeirento e desértico da melhor tradição blues americana. Mas ao chegarmos á ultima música do seu disco (Tales), essa mistura é levada ainda mais além, criando um monstro do stoner metal. Opiate Blues. Imaginem uns Down arrastados, hipnóticos, com um baixo poderoso na melhor tradição do blues, e uma guitarra a solar com o ar pesado duma planície queimada pelo Sol como mentor... Agora misturem-lhe uma harmónica a solar como mandam as regras do melhor blues... Isto tudo sem querer ser saudosista, sem querer emular a tradição americana mais pura. Antes sim, pegar num legado riquíssimo, transpor para a actualidade e ir ao cerne das emoções encerradas nessas tradições. Uma viagem espiritual guiada pela Música. Brilhante!
Comprem o disco e não se arrependerão.
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