Páginas

Sex Pistols

Biografia

Precursores de um estilo que havia de mudar a história da cultura rock e pop, os Sex Pistols, apesar do seu efémero tempo de existência, transformaram de forma radical a forma de estar na música.
Formados oficialmente em 1975 por Paul Cook (bateria) e Steve Jones (guitarra), os Pistols são hoje considerados os verdadeiros símbolos do punk. Cook e Jones, frequentadores habituais da loja de Malcolm McLaren, acabaram por reunir-se a Glen Matlock (baixo), que lá trabalhava. John Lydon, que mais tarde adoptou o nome Johnny Rotten, juntou-se à banda depois de um pedido expresso dos restantes elementos, que ficaram satisfeitos com o teste de voz a cantar por cima de "Eighteen" de Alice Cooper.
Após a realização dos primeiros espectáculos, os Pistols lançam "Anarchy In the UK", o primeiro single, com o selo da EMI, em Novembro de 1976. No início de 1977, e depois de várias polémicas, a EMI rescinde o contrato com a banda. Semanas depois, Sid Vicious substituiu Glen Matlock no baixo, ainda antes da edição de um novo single, "God Save the Queen". "Never Mind the Bollocks", o primeiro e único álbum de originais dos Pistols, chegou às lojas em Outubro de 1977.
Os conflitos dentro da banda eram, por esta altura, algo constante e recorrente.Sid Vicious mantinha hábitos cada vez mais profundos de consumo de drogas, ao mesmo tempo que as divergências entre o baixista e Rotten com Jones e Cook subiam de tom. No final de 1977 os Pistols partem em tournée para os Estados Unidos. Depois de alguns concertos, a 15 de Janeiro de 1978, John Lydon abandonou oficialmente o colectivo. Cerca de um ano depois, em Fevereiro de 1979, Sid Vicious morreu vítima de overdose, em Nova Iorque.
Em 1996, perto de duas décadas depois do seu fim oficial, os Sex Pistols voltaram a juntar-se, uma vez mais com Glen Matlock no baixo, para a "Filthy Lucre Tour", uma digressão cujos objectivos primeiros estavam explícitos na sua denominação. Sete anos depois, no Verão de 2003, os Pistols voltaram a realizar novos concertos, desta vez somente nos Estados Unidos.

Satyricon

Dark Medieval Times (review)

A banda Satyricon com apenas dois demos lançados (“Satyricon” em 1992 e “The Forest is My Throne em 1993) já tinham adquirido um estatuto bem sólido no underground de black metal Norueguês e arredores apesar de nem sequer ser uma banda que se auto-promove muito, o que lhes dá uma maior imagem visto que fazem o que acreditam e não o que os outros dizem. Satyr e a banda começam a trabalhar no projecto e entre ideias surge um trabalho centrado na arte e mística medievais, esse álbum é o primeiro “full length” da banda, Dark Medieval Times. Antes do lançamento não se sabia exactamente do que se esperar, mas de certo que seria um bom álbum.
E como esperado grande álbum que este é, sons bem melódicos e viajados misturam-se com violentos riffs, com vozes próprias do black metal e com a adição também de o uso bem conseguido da guitarra acústica (aptidões e característica importante que podemos ouvir na música somente instrumental e acústica “Min Hyllest Til Vinterland”). Uma grande característica deste álbum é o ambiente que se forma em volta de toda a melodia que Satyr nos proporciona, com suaves sons instrumentais este álbum é capaz de nos transportar ao mundo que descreve, a era medieval, porque para além dos sons e instrumentos que caracterizam a época podemos também sentir grande negrume, raiva e ira apesar dos “barulhos” melódicos, coisa que caracteriza também esta época de repressão.
O álbum começa com um grande instrumental da música “Walk The Path Of Sorrow”; semelhante a sons que podemos ouvir em templos demoníacos e sagrados, com vozes femininas que parecem famintas por sacrifício, e isto junto com esquizofrénicos sons de violino e percussão, de repente a música estoira numa melodia completamente abrasiva com grande raiva e melancolia como já descrevi anteriormente e de repente surge uma parte acústica transmitindo uma calma serena, e paz de espírito elevada; mas somente temporária pois passado algum tempo os riffs de guitarra e bateria juntos com o som de órgão estoiram. As músicas do álbum são nesta linha, com a grande vantagem de que à medida que avançamos no álbum cada vez nos soa melhor a arte feita por Satyricon. Existe até uma parte na música “Dark Medieval Times” em que ouvimos uma flauta misturada com guitarra acústica que quase que parece que algum tipo de flautista alado nos está a conduzir por uma floresta, remetendo-nos para sítios descritos em grandes utópicas fábulas. Quase que podemos ouvir todo o álbum como se fosse uma única música que vai fluindo de minuto a minuto, de sinfonia para sinfonia.
Difícil é nomear destaques neste álbum, pois como já disse anteriormente é como se fosse somente uma música, mas mesmo assim os maiores petardos na minha opinião são “Walking The Path of Sorrow”, “Dark Medieval Times” e “Taakeslottet”.
Algumas letras em norueguês e algumas letras em inglês descrevem grandes ambientes noctívagos e sombrios, apesar de grande número de bandas escrever sobre tal temas Satyricon distingue-se pela poesia que Satyr transmite.
Que melhor imagem podia descrever a época medieval senão uma que mostra cavaleiros e castelos? Pois essa é a capa do álbum, em preto e branco e, apesar do cliché que já se tornou este tipo de arte, a capa conjuga-se na perfeição com a mística envolvente, bem conseguida a capa.

Escrito por: Abyss

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...