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Venom

Welcome to Hell(review)

Dita a história que Venom foi a primeira banda “black metal” no movimento, visto que inseriu a temática de destruição e “Satã” em grande escala nas letras das músicas; isto combinado com um pulsante speed metal e uma imagem bem negra forma uma banda quase letal aos ouvidos e olhos da época. Baseado em bandas como Motorhead e Black Sabbath e um som com pequenas influências de punk rock, Venom mudou tudo com o seu primeiro álbum, “Welcome to Hell”; podemos afirmar que este álbum influenciou muitas bandas de black metal, thrash e death metal entre outros estilos de metal que hoje em dia vemos, por isso não podemos negar o valor histórico desta banda.
Este álbum foi gravado em 3 dias, e devido a isso “Welcome to Hell” ganhou uma sonoridade bem underground, quase que se sente a banda a tocar em frente de nós quando metemos este álbum a tocar, um som rápido com efervescentes riffs tanto de guitarra como de bateria, puro speed metal podemos então dizer, mas com a grande diferença das letras que agora são muito mais negras. A capa deste álbum é directa e sem grandes artes; simplesmente vemos um bode dentro das linhas de um pentagrama invertido com “Welcome to Hell” escrito por baixo, quase que parece que alguém está mesmo a convidar-nos para entrar no inferno que este álbum é.
Rápidas e bem obscuras são o som que retrata as músicas deste álbum. A voz raivosa de Cronos conjuga-se na perfeição com os rápidos e bem elaborados riffs concebidos por Mantas e Abaddon. O Álbum começa logo com uma música tão rápida que nem nos apercebemos do que se está a passar, bateria e guitarra totalmente destruidoras. É tão rápida a música que mal nos apercebemos e já começou um bem conseguido solo de guitarra; esta música continua assim num frenesim até ao fim.
Em geral todas as músicas são nesta linhagem, tirando uma ou outra que possam ser um bocado mais lento, sempre com refrões bem simples que entram facilmente no ouvido, utilizando com grande frequência palavras como “satan”e “hell” o que os torna ainda mais simples; este som retro combinado com a técnica implícita nos solos de guitarra torna o álbum tremendamente mágico e um clássico do old school metal. Até podemos ouvir uma música somente acústica que nos remete para uma sonorização bem mórbida, apesar do som calmo que a guitarra acústica tem. Mas sem dúvida a música mais pulsante é exactamente a última que começa com um violino e com uns vocais limpos, até ao momento em que tudo isto pára e Cronos começa a berrar ao mesmo tempo que a bateria estoira; o solo desta música é deveras aberrante, o mais pesado solo do álbum.
Destaque para a música “One Thousand Days in Sodom”, que na minha opinião tem o melhor solo de guitarra deste álbum como o melhor refrão também, com a sua simplicidade característica é bem pesado e transmite um sentimento bem “doom”.
Este é daqueles álbuns indispensáveis com montes de clássicos como “One Thousand Days in Sodom”, “Witching Hour”, “Live Like na Angel (Die Like a Devil) ”, apesar de estas serem as músicas que mais se destacam todo o álbum flúi com grande naturalidade e técnica, todas as músicas no geral são boas e cativantes.
Podemos então concluir que este álbum está bem elevado em termos de músicas com a agressividade característica, só a qualidade de gravação é que deixa um pouco a desejar, mas se formos a ver por outro lado esta característica deixa o álbum num patamar muito mais underground, o que o torna tão místico.


Escrito por: Abyss

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